Tem dias que escrevo assim,
arrancada em saltos de pensar.
Arrancados na alma de lamentar.
Tem dia que por longa e jovem que não sou,
prolongo meu sono em sonho.
E sonho.
Tem dia que por meio, ao meu meio só,
só me vejo na multidão.
Tem dias que eu finjo entender tudo.
Do meu círculo,
do meu circuito.
Do meu louco circo de loucos.
Libertando da minha cabeça e do meu peito cheio sem silenciar,
às vezes eu finjo que me entendo e escrevo.
Queria fingir que é meu, mas é da Gilza Santos - livro Um cadim de cada cadim de mim
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